II Edição da Festa do Ferroviário, EntreLinhas

A II Edição da Festa do Ferroviário, EntreLinhas, um evento dinamizado pela CMV. arrancou com a conferência “A Abertura da Linha de Leixões”. Realizaram-se quatro painéis, com o objetivo de discutir os desafios da mobilidade urbana.

 A conferência contou com um discurso de abertura da Engª Ana Maria Rodrigues, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Valongo e do Engº José Carlos Barbosa, Deputado e Comissário do EntreLinhas.

 O 1º Painel, cujo objetivo passou por discutir, Os desafios da mobilidade para os municípios de Matosinhos, Maia, Valongo, Gondomar e Porto, contou com a intervenção da Engª Sandra Vasconcelos Lameiras, nossa Administradora, do Professor Doutor Álvaro Costa, do Presidente do Rail Colab, o Engº João Tiago Fernandes e do Presidente da Direção da Associação Vale D’Ouro, o Engº Luís Almeida. Nesta sessão foram apresentadas as razões para a necessidade premente da reabertura da Linha de Leixões, reiterando-se a oportunidade que esta operação pode trazer para o sistema de mobilidade nestes Concelhos, constituindo uma vantagem competitiva para o desenvolvimento empresarial e académico.

Na sua intervenção, a Engª Sandra Vasconcelos Lameiras referiu a enorme incapacidade de, nos últimos 20 anos, se trazerem passageiros para o transporte público, e em como a abertura desta Linha podia contribuir para inverter esta tendência. Apresentou as principais razões que acredita terem levado ao falhanço da última reabertura da Linha a passageiros 2009/ 2011, destacando-se a sua não integração no Sistema Andante, a sua frequência reduzida e a localização das estações, que se situam na sua maioria longe dos agregados habitacionais, “de costas para a Linha”. Acrescentou que para potenciar a procura é necessário que se criem Estações/Apeadeiros, dando exemplos: nos cruzamentos com a Rede de Metro, em Esposade, onde cruza as linhas B (Póvoa) e E (aeroporto), no Araújo, onde cruza a linha C (Maia). Defendeu ainda uma derivação em Esposade para o aeroporto que está a 2,5Km. Deu especial ênfase à abertura da nova estação “Agrela”, localizada nas imediações da Quinta do Gestal, aliada a uma ligação pedonal e ciclável à ciclovia do Leça, que colocará a Lionesa e o Fuse Valley dentro da área de captação da ferrovia. Defendeu ainda um apeadeiro junto à Rua da Arroteia, por detrás da EFACEC, manter S. Mamede Infesta, criar uma nova junto ao Hospital de S. João, e Aproveitou a oportunidade para referir que a partir do S. João, este linha era uma oportunidade para o Concelho da Maia, se conseguissem criar um apeadeiro em Cutamas, reativar S. Gemil, criar um apeadeiro Perto da ES de Aguas Santas/Caverneira, outro nos Moutidos / Meilão e por fim à Entrada do Bairro da Gandra (onde habitam 5mil pessoa). As conclusões do Painel foram diversas, mas concordantes, a abertura da Linha de Leixões a passageiros constitui uma enorme oportunidade de criação de valor acrescentado para as pessoas e para o território.

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